16 de abril de 2024
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Como escrever para o Interface

Veja algumas dicas que podem ajudar você a comunicar suas notícias de forma objetiva, correta e eficiente. 

1- Você sabe o que é um lead? 

Lead (ou lide)é como os jornalistas chamam o primeiro parágrafo de uma matéria. Nesse primeiro parágrafo, eles procuram fisgar o interesse do leitor, destacando logo o aspecto mais interessante da notícia. No lead, é fundamental responder as seguintes perguntas: 

  • O quê: sobre o quê estamos falando? 
  • Quem: que pessoas ou grupos participam da notícia? 
  • Quando: em que data aconteceu ou vai acontecer? 
  • Onde: em que local específico (qual paróquia, qual igreja, qual escola, auditório, etc.), em que cidade, em que estado aconteceu ou vai acontecer? 
  • Como e Por quê: nem sempre é necessário responder isso no lead, mas muitas vezes é importante dizer as causas do evento do qual a notícia fala, e a forma como ele aconteceu. 

E se o lead ficar muito grande? Não se preocupe, você pode dividi-lo em dois parágrafos se precisar. 

Veja um exemplo: 

[Quem?] A Irmã Adriana Gomes, inspetora da Inspetoria Maria Auxiliadora [O Quê?] realizou a visita inspetorial. 

[Quando?] entre dias 30 a 02 de abril [Onde?] em Aracati, no Ceará. [Como?] Durante o momento, a Irmã Adriana acompanhou a vida comunitária da Comunidade e conversou com as irmãs. 

2 – Você sabe o que significam as palavras kerigma e mistagogia? 

Talvez você saiba, mas nem todo mundo sabe. Por isso, sempre que usarmos palavras complicadas, conceitos incomuns ou mesmo termos que são usuais dentro de nossos grupos, mas não tanto fora dele, precisamos dar uma explicação. Afinal, queremos que os leitores nos entendam, não é? A mesma regra vale para gírias e determinadas expressões. Elas devem ser evitadas porque talvez nem todos saibam o que significam, e até podem ter significado diferente conforme a região ou o grupo. 

3 – Seja sucinto e claro. 

Textos muito longos podem fazer o leitor perder o interesse. Frases complicadas, com inversões e intercalações podem deixar o leitor confuso. O ideal é ir direto ao assunto, sem rodeios, e preferir sempre a construção mais simples. 

4 – Siglas, posso usar? 

Claro que pode, mas só depois de dizer o que elas significam. Primeiro devemos sempre dar o nome completo, e depois, entre parênteses, a sigla. Por exemplo: Inspetoria Maria Auxiliadora (IMA), ou talvez Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Fazemos isso apenas uma vez no texto – nas outras vezes em que nos referirmos à mesma instituição, usamos só a sigla. 

Outra dica importante: 

  • Se a sigla tiver até três letras, deve sempre ser escrita em letras maiúsculas. Exemplo: Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). 
  • Se a sigla tiver a partir de quatro letras, há duas possibilidades: 

– se as letras não formarem uma palavra pronunciável, todas as letras serão maiúsculas (exemplo: SSCC). 

– se as letras formarem uma palavra pronunciável, apenas a primeira letra será maiúscula (exemplo: Ecosam). 

5 – E as pessoas, como devo tratar? 

É muito importante escrever o nome das pessoas da forma correta. Ninguém gosta de ver seu nome escrito errado, não é? Além disso, devemos mencionar o que faz aquela pessoa, para ajudar a identificá-la. Outras dicas: 

  • Na primeira vez que mencionamos uma pessoa, devemos dizer seu nome completo, ou, se for muito longo, o primeiro nome e o último sobrenome. 
  • No caso de pessoas do clero e religiosos, devemos sempre mencionar, antes do nome, o seu título (dom, frei, irmã, padre, etc.). 
  • Cargos Eclesiásticos: são grafados em letras minúsculas (por exemplo: padre, bispo, arcebispo, cardeal). 
  • Referência: Na primeira vez que se menciona uma irmã, padre, bispo ou arcebispo, deve ser dito o nome de sua comunidade, obra, paróquia, diocese ou arquidiocese. Por exemplo: “de acordo com a Irmã Régia Gondim, do Instituto Nossa Senhora de Lourdes…; “Irmã Rita Souza, diretora do Colégio Juvenal de Carvalho”, Dom Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife…” 
  • No caso de cardeais, o melhor é seguir o seguinte modelo: cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo –  devemos evitar dizer “cardeal arcebispo de São Paulo”. 
  • Cargos: Se a irmã ou padre, tiver algum cargo que deva ser mencionado, isso vem logo depois do nome da comunidade, unidade ou obra (Por exemplo: Irmã Dourivalda, Secretária Inspetorial e Secretária da Diretoria da CRB/Recife). 

6- E os nomes de lugares? 

Nomes de Unidades, Comunidades, paróquias, dioceses e arquidioceses são escritos em letras maiúsculas (por exemplo, falta exemplo). Quando não colocamos o nome completo, deve ser escrito em letras minúsculas. Por exemplo, se a notícia trata da Comunidade Maria Auxiliadora, e no meio do texto digo “a comunidade comemora também…”. 

  • Nomes de cidades: com exceção dos nomes das capitais, devemos colocar a sigla do estado entre parênteses. Por exemplo: Recife (PE); Carpina (PE); Petrolina (PE); Aracati (CE), Penedo (AL). 

7 – Outras dicas: 

  • Palavras estrangeiras – devem ser escritas em itálico, exceto quando são usadas como nome próprio. 
  • Uso de maiúsculas – Nomes de campanhas, pastorais, associações movimentos, etc., devem ser escritos em letras maiúsculas. Porém, quando não usamos o nome completo, usamos letras minúsculas para fazer a referência.  Exemplos: Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens; Pastoral da Comunicação; Associação dos Ex Alunos e Ex Alunas das FMA (escrevemos em letras maiúsculas porque usamos os nomes completos). Mas: a campanha; a associação; a pastoral; o movimento (escrevemos em letras minúsculas porque não usamos o nome completo). 
  • Citações – todas as citações devem estar entre aspas, com o devido crédito. Se se trata da fala de uma pessoa, devemos dizer seu nome, profissão e, se for relevante, idade. Se for algo que estava escrito em livro, revista, jornal, site de internet, etc, devemos sempre dizer de onde foi tirada essa citação. 
  • Números – de zero a dez, devem ser escritos por extenso. A partir daí, são escritos em numerais (por exemplo: oito, nove, dez, 11,12,13,14…). Cem e mil são escritos por extenso também. 
  1. Idade – sempre escrita em numeral. Por exemplo: o padre João tem 100 anos. 
  2. Simplicidade: quanto mais simples forem as palavras que usarmos, mais interessante e mais claro se torna nosso texto. 
  3. Repetições – é chato ver uma palavra repetida muitas vezes no mesmo texto. A nossa língua é muito rica, e é possível evitar repetições de palavras usando sinônimos. Não podemos, no entanto, abrir mão da precisão das informações, mesmo que isso signifique repetir palavras.