O Papa Francisco lembrou a celebração do 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais, realizada em 24 de maio, convidando as pessoas a “tecer histórias”.
Nesse momento histórico, em que uma pandemia está castigando todo o mundo e obrigando milhões de pessoas a viver em reclusão, o Papa Francisco lembra que podemos “tecer histórias”. “O ato de contar é essencialmente humano. Sentimos a necessidade de contar o que acontece conosco e com os outros para encontrar o sentido da vida”, escreve S. Kohan. O Papa, por sua vez, nos convida a contar “histórias que nos ajudem a redescobrir nossas raízes e a força para seguir adiante”. Além disso, nos estimula a “contar e compartilhar histórias construtivas que nos ajudem a entender que nós fazemos parte de uma história maior do que nós mesmos”.
“Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade de uma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita”, explica o Papa no início da mensagem. Hoje o mundo está passando por uma crise muito grande, devido a Covid-19. No entanto, é possível encontrar um mundo unido e dedicado, capaz de olhar para os pobres e os mais necessitados.
Padre Gildásio Mendes dos Santos, conselheiro geral para a Comunicação, enviou uma carta a todos os responsáveis pela comunicação da Congregação Salesiana agradecendo “a coragem e a criatividade de comunicar, por meio das redes sociais e dos vários meios de comunicação, a força do amor e da solidariedade”.
O Papa Francisco lembrou a celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais convidando as pessoas a “tecer histórias”. “Desde pequenos, temos fome de histórias, como a temos de alimento. Sejam elas em forma de fábula, romance, filme, canção, ou simples notícia, influenciam a nossa vida, mesmo sem termos consciência disso… “Mergulhando dentro das histórias, podemos voltar a encontrar razões heroicas para enfrentar os desafios da vida” (nº 1), disse o Papa.
“Nem todas as histórias são boas” porque estamos cheios/as de histórias “que nos narcotizam, convencendo-nos de que, para ser felizes, precisamos continuamente ter, possuir e consumir mais. Quase não nos damos conta de quão ávidos nos tornamos de bisbilhotices e intrigas, e de quanta violência e falsidade nós consumimos”. Somos encorajados a ter coragem, “paciência e discernimento para descobrirmos histórias que… tragam à luz a verdade daquilo que somos” (nº 2).
Nesse entrelaçamento de histórias, a Bíblia nos apresentada como “a grande história de amor entre Deus e a humanidade. No centro está Jesus: a sua história leva à perfeição o amor de Deus pelo homem e, ao mesmo tempo, a história de amor do homem por Deus”.
Muitos dos homens de marketing de hoje certamente estarão de acordo com o Papa, uma vez que os adolescentes e os jovens de hoje se comunicam e se promovem contando “histórias”. No entanto, o Papa explica: “Portanto, não se trata de seguir a lógica da narração (storytelling), nem de fazer, ou de fazer-se, publicidade: trata-se de fazer memória daquilo que somos aos olhos de Deus” (nº 5).